Breve histórico do mouse
O surgimento do mouse se deu em 1968, graças ao trabalho do pesquisador
americano
Douglas
C. Engelbart e sua equipe. Naquela época, o dispositivo
apresentado não lembrava nem um pouco os modelos que encontramos
hoje e sequer tinha esse nome. Na verdade, se chamava
XY Position Indicator
For a Display System, consistia numa espécie de caixa de madeira
com um cabo e um único botão, e foi feito de maneira artesanal.
Apesar de parecer tão primitivo, esse dispositivo tinha praticamente
a mesma função dos mouses de hoje, mas se mostrou pouco
prático, já que, naquela época, os computadores eram
incapazes de processar recursos gráficos avançados e trabalhavam,
essencialmente, com texto, não havendo, portanto, aplicação
prática para a invenção.
Engelbart tinha expectativa de que logo surgissem aplicações
que fizessem uso de sua criação, mas o inventor teve que
esperar cerca de 15 anos para ver os mouses chegarem pra valer ao mercado,
quando a Apple lançou, em 1984, o computador Macintosh. Este combinava
o mouse com uma interface gráfica inovadora, fazendo com que a
invenção de Engelbart finalmente começasse a se popularizar.
Apesar disso, um dos primeiros computadores a utilizar o mouse de maneira
expressiva foi o
Xerox Star 8010, em 1981, seguido de outros equipamentos,
como o
Commodore Amiga e o
Apple Lisa.
XY Position Indicator For a Display System
Imagem por web.mit.edu.
O nome "mouse" (rato em inglês) passou a ser adotado
já pela equipe de Engelbart, embora não se saiba exatamente
por quem. Ao olhar o
XY Position Indicator For a Display System,
alguém o associou a um rato, já que o cabo saindo do aparelho
lembrava (bem vagamente) a cauda desse roedor.
Funcionamento dos mouses
Explicar o funcionamento dos mouses não é tão simples
por um único motivo: não existe apenas um tipo de mouse.
Há várias categorias disponíveis no mercado, mas
esse artigo irá se concentrar apenas em dois: os
mouses com
esfera (popularmente conhecidos como "mouse de bolinha")
e
mouses ópticos (e sua variação, os
mouses
à laser). Mas, antes de seguir com essas explicações,
é conveniente ter uma definição clara de um mouse,
embora você certamente saiba o que é e para que serve esse
dispositivo: o mouse é um aparelho que se comunica com o computador
para mover um cursor em sua tela. Esse cursor serve para manipular e mover
determinados recursos exibidos. Para isso, o cursor deve se movimentar
na tela conforme a movimentação do mouse feita pelo usuário.
Este último também pode acionar funcionalidades ou modificar
recursos através dos botões existentes no mouse. Quando
o usuário pressiona qualquer desses botões para executar
uma determinação ação, diz-se que ele efetuou
um
clique.
Sendo assim, um mouse deve, basicamente, permitir a movimentação
de um cursor e a execução de determinadas ações
através de cliques. O que torna os vários tipos de mouse
diferentes entre si são justamente as técnicas utilizadas
para permitir a movimentação do cursor e os cliques. Sendo
assim, vamos agora conhecer os tipos de mouse mencionados no início
do parágrafo anterior:
Mouses com esfera
Por muito tempo, esse foi o tipo de mouse mais comum e é o que
mais se parece com o primeiro modelo (o
XY Position Indicator For a
Display System). A principal característica desse tipo de mouse
é a existência de uma esfera (ou "bolinha") geralmente
recoberta por uma camada de borracha que, quando girada, faz o cursor
se movimentar na tela. Essa esfera fica localizada dentro do mouse, na
parte de baixo do dispositivo. No entanto, uma pequena parte dessa esfera
entra em contato com a superfície onde o mouse está. Quando
o usuário move o mouse, esse contato faz com que a esfera gire
e oriente o cursor na tela do computador.
Parte inferior de um mouse com esfera
Essa orientação ocorre por meio de dois pequenos eixos
(rolamentos ou, ainda, roletes) que ficam em constante contato à
esfera. Um eixo tem a função de movimentar o cursor na vertical,
enquanto que o outro o faz na horizontal, em um esquema que lembra o sistema
de coordenadas X e Y (daí o fato do primeiro mouse conter em seu
nome as letras X e Y). Se o usuário movimentar o mouse em um sentido
diagonal, ambos os eixos estarão trabalhando simultaneamente.
Visão interna de um mouse com esfera
Em uma ponta de cada um desses rolamentos, há uma espécie
de disco com perfurações próximas à borda.
Esses discos ficam posicionados entre um LED infravermelho e um sensor
de luz infravermelha. Quando o usuário movimenta o mouse, a esfera
gira, fazendo com que os eixos e seus respectivos discos rodem. Quando
isso ocorre, num momento a luz infravermelha passa pela perfuração
e, no instante seguinte, a luz é bloqueada pela parte não
perfurada do disco. Isso vai se repetindo até que o usuário
pare de movimentar o mouse. É através desse esquema de passagem
e não passagem de luz pelos discos que o mouse orienta o cursor
na tela do computador do usuário. Um circuito existente no mouse
"conta" quantas vezes a luz infravermelha passa pelas perfurações
e transmite essas informações à máquina. Quanto
mais rápido o usuário movimentar o mouse, mais rápido
será a passagem e a não passagem, fazendo com que a seta
na tela do computador se movimente em uma velocidade correspondente. Para
determinar o sentido de cada rolamento, isto é, se este gira no
sentido horário ou no sentido anti-horário, há mais
de uma técnica: alguns mouses utilizam dois pares de LEDs infravermelho
e de sensores de luz infravermelha, e comparam as diferenças de
passagens de luz entre eles para determinar o sentido. Outros, especialmente
mouses mais recentes, conseguem fazer essa distinção através
de uma combinação de LED infravermelho e sensor de luz infravermelha
mais precisa, fazendo com que apenas um par seja suficiente para cada
disco.
Rolamento com disco perfurado entre um LED infravermelho e um sensor
A maioria dos mouses com esfera contam com um terceiro rolamento. Mas,
em geral, este costuma ser usado apenas para dar maior estabilidade à
movimentação da esfera.
Os mouses com "bolinha" conseguem cumprir bem a sua função,
mas são sujeitos a problemas que os tornam menos eficientes. Uma
deles é a sujeira. Qualquer mouse, com o tempo, acumula pó
e outros materiais em seu interior, mas isso ocorre com muito mais freqüência
nos mouses com esfera, já que este último item pode levar
sujeira aos roletes. Quando esse material se acumula, o atrito da esfera
com os rolamentos diminui, prejudicando a movimentação da
seta na tela do computador. Além disso, as peças dos mouses
com esfera podem ser danificadas mais facilmente, de acordo com o tempo
e com a forma com a qual o dispositivo é utilizado. Além
disso, nem sempre mouses desse tipo conseguem trabalhar com a precisão
que o usuário necessita. Esses motivos certamente ajudaram no lançamento
de uma categoria demouses mais evoluída: os mouses ópticos,
vistos a seguir.
Mouses ópticos
Os mouses ópticos recebem esse nome porque sua principal característica
é o uso de um mecanismo óptico no lugar de uma esfera para
orientar a movimentação do cursor na tela do computador.
A vantagem desse esquema é que, por não haver peças
móveis dentro do dispositivo, o seu tempo de vida útil é
maior, o volume de sujeira acumulada internamente é muito menor
(às vezes, inexistente) e a precisão de movimentos aumenta
por causa da maior sensibilidade do mecanismo óptico, fazendo com
que mouses ópticos sejam ideais para tarefas cotidianas e até
para jogos e atividades profissionais.
Parte de baixo de um mouse óptico
O sistema óptico dos mouses desse tipo é composto, basicamente,
por um LED emissor de luz vermelha e um sensor (geralmente, sensor CMOS,
sigla de
Complementary Metal Oxide Semiconductor, ou CCD, sigla
de
Charge Coupled Device). Quando o mouse está em contato
com uma superfície, a luz é emitida e refletida, isto é,
"volta" ao mouse. Quando isso ocorre, o sensor age como se estivesse
tirando uma fotografia daquele ponto e envia a imagem a um DSP (
Digital
Signal Processor), que a analisa. Esse processo é repetido
constantemente e em uma velocidade muito alta. O DSP faz então
uma espécie de comparação e análise dos padrões
das imagens e consegue, com isso, entender para onde o mouse está
sendo movimentado. O passo seguinte consiste em enviar essas informações
ao computador para, finalmente, o cursor na tela ser orientado.
Interior de um mouse óptico
Existe uma variação de mouses ópticos que utiliza
um emissor de raio laser (inofensivo à saúde e invisível
aos olhos humanos) ao invés de LED. Esses mouses são conhecidos
como mouses à laser, embora não deixem de ser ópticos,
obviamente. A utilização de laser é mais vantajosa
porque proporciona melhor precisão nos movimentos, oferece maior
velocidade de resposta, permite o uso do mouse em determinadas superfícies
em que mouses com LED não funcionam bem (vidros, por exemplo),
entre outros.
Até a publicação deste artigo no InfoWester, os
mouses ópticos baseados em laser eram menos comuns no mercado que
os baseados em LED e, por terem maior qualidade, também eram os
mais caros.
Botões dos mouses
Movimentar o mouse não é suficiente para utilizá-lo
a contento, afinal, essa ação apenas movimenta o cursor
na tela do computador, nada mais. É necessário também
o uso de botões para que o usuário informe à máquina
que ações deseja executar: pressionar botões, arrastar
itens, desenhar, selecionar arquivos, etc. Para isso, os mouses mais comuns
contam, atualmente, com três botões. Os modelos mais antigos
possuíam apenas dois, os botões esquerdo e direito. Apenas
alguns modelos possuíam três. Os mouses mais recentes incluem
os botões esquerdo e direito, além de um terceiro que fica
entre eles (conhecido como scroll ). No entanto, este último é,
na verdade, um botão em forma de roda. Assim, o usuário
pode girá-lo, recurso particularmente útil para acessar
as partes de cima ou de baixo de páginas de internet, arquivos
de textos e planilhas, por exemplo.
Botões esquerdo e direto; no centro, botão de rolagem (scroll)
As imagens a seguir mostram os botões internos de dois mouses.
Notem que, embora um utilize esfera e o outro seja óptico, os mecanismos
dos botões são semelhantes. Quando o usuário pressiona
qualquer botão domouse (ou seja, faz um "clique"), são
esses pequenos botões (que nas fotos aparecem na cor vermelha)
existentes em uma pequena placa dentro do mouse que são acionados.
Note que o botão de scroll, além de ter a função
de rolagem, pode também ser clicado, como se fosse um simples botão
de pressionar. Nos mouses mais simples, uma espécie de extensão
da roda serve para acionar o botão existente na placa do mouse.
Nos mais sofisticados, essa pressão pode ser feita por meio mecânico
(peças de metal, por exemplo, como mostra a segunda imagem):
Quando você dá um clique, os pequenos botões vermelhos
são acionados
Repare que o botão de rolagem é acionado por peças
de metal
Ainda no que se refere ao botão de scroll, é importante
citar que há variadas formas do mouse "saber" se o usuário
está girando a roda para cima ou para baixo. O modelo abaixo, por
exemplo, possui um esquema que detecta os giros de forma mecânica:
Detecção de giros do botão de scroll
Já o mouse a seguir utilizar um sensor que detecta os giros do
botão de forma semelhante aos discos dos mouses com esfera, isto
é, "lendo" as aberturas existentes na roda. Esse mecanismo
geralmente oferece maior precisão na detecção dos
giros:
Na imagem maior, um sensor lê as perfurações da
roda
no ponto em destaque na imagem menor
É claro que os mouses não precisam, necessariamente, ter
três botões. Essa configuração é mais
comum em PCs, no entanto, é possível encontrar uma variedade
enorme de modelos. Como exemplo, a Apple utiliza um tipo de mouse diferente
em seus computadores chamado
Mighty Mouse. No exemplo mostrado
a seguir não há botões. Os cliques são feitos
pressionando o próprio mouse para baixo, já que a parte
inferior desse dispositivo é apenas encaixada à parte de
cima, e isso é feito de uma forma que seja possível empurrar
a parte superior para baixo e fazê-la voltar automaticamente, como
se fosse, justamente, um botão. Nos modelos mais recentes do
Mighty
Mouse, é possível utilizar recursos do computador pressionando
determinados pontos do mouse, mesmo não havendo botões no
local. Ainda há uma outra característica interessante: o
Mighty Mouse conta com uma pequena esfera no lugar de um botão
de scroll. Essa esfera tem função semelhante, mas pode fazer
rolagem de forma mais detalhada, não apenas de cima para baixo
(e vice-versa), como também da esquerda para a direita (e vice-versa):
Mighty Mouse: imagem
por Apple
Os fabricantes de mouses mais reconhecidos, como Logitech,
Razer e Microsoft,
costumam oferecer modelos específicos para determinadas aplicações,
especialmente para quem necessita de maior precisão em jogos. Esses
mouses geralmente contam com funções que permitem acionar
determinados recursos dos jogos ou da aplicação e possuem
componentes mais precisos e confiáveis, além de características
ergonômicas. É o caso, por exemplo, da linha
MX Revolution,
da Logitech. O modelo
mostrado a seguir possui design avançado, botões de rolagem
horizontal e vertical, botões adicionais de navegação,
entre outros recursos:
Mouse MX Revolution: imagem por Logitech
Conexão dos mouses ao computador
Na época em que os computadores utilizam o padrão AT, a
conexão dos mouses à máquina era feita através
de
conectores seriais, como mostra a imagem abaixo:
Conector serial de um mouse
Com o passar do tempo, o mercado conheceu o padrão ATX que, entre
outras várias características, incluiu conexões especificas
para o teclado e para o mouse, chamadas
portas PS/2. Como os conectores
dessas portas são iguais, convencionou-se a indicar o conector
do teclado com a cor roxa e o conector do mouse com a cor verde:
Portas serial e PS/2
Os mouses PS/2 substituíram os mouses seriais, mas não
fizeram isso sozinhos: algum tempo depois do seu surgimento, mouses que
utilizam interface USB também
se tornaram populares. E não é por menos: mouses USB podem
ser usados em qualquer conector desse tipo disponível no computador,
quase sempre funcionam assim que conectados (sem necessidade de reiniciar
o computador) e permitem seu uso em computadores que não contam
com portas PS/2 (como determinados modelos de notebooks). No entanto,
quem comprou um mouse USB, mas gostaria de conectá-lo à
porta PS/2, pode utilizar adaptadores
USB / PS2, como mostra a
imagem abaixo:
Adaptador USB / PS/2
Mas há um outro tipo de mouse que está se tornando comum:
mouses sem fio, também chamados de
mouses wireless. Para
funcionar desse modo, boa parte dos modelos sem fio utiliza tecnologias
de rádiofreqüência para transmitir os dados do mouse
para o computador. Neste caso, um receptor é conectado à
máquina, geralmente em uma porta USB (mas há modelos em
que o receptor é ligado à porta PS/2). Para funcionar, geralmente
o mouse utiliza pilhas ou baterias recarregáveis e a tecnologia
de captação de movimentos é óptica (LED ou
laser).
Radiofreqüência é uma boa opção para
mouses sem fio porque seus componentes, em geral, são baratos e
o consumo de energia é baixo. Todavia, não é difícil
encontrar no mercado mouses que utilizam interface Bluetooth.
Mouses sem fio são interessantes porque ajudam a diminuir a bagunça
gerada pelos diversos cabos de um computador, assim como permitem ao utilizador
aumentar sua movimentação na mesa ou no local em que a máquina
está posicionada. Para usufruir ainda mais dessa vantagem, é
interessante ter também um teclado sem fio. Por esta razão,
os fabricantes costumam oferecer kits que incluem mouse e teclado sem
fio. É recomendável optar por esses kits, pois nesses casos,
costuma-se usar um único receptor de sinal para ambos os dispositivos.
Ao comprar teclado e mouse de fabricantes ou mesmo de linhas diferentes,
quase sempre é necessário conectar ao computador um receptor
para cada um desses equipamentos.
Resolução
Há vários fatores que ajudam a definir a qualidade de um
mouse, por exemplo, tamanho e tipo do sensor óptico, velocidade
com que se pode movimentar o mouse (medida geralmente feita em polegadas
por segundo) e
resolução. Em poucas palavras, a resolução
indica o menor movimento que o mouse consegue detectar. Quanto maior a
resolução do mouse, menor será a sua movimentação
para fazer o cursor chegar a um determinado ponto da tela do computador.
Para identificar a resolução dos mouses, costuma-se utilizar
uma medida chamada DPI (
Dots Per Inch - pontos por polegada). No
momento em que este artigo era disponibilizado no InfoWester, os mouses
mais simples de fabricantes conceituados ofereciam resoluções
que iam de 400 DPI à 800 DPI. No entanto, esse valor pode ser muito
maior em mouses desenvolvidos para jogadores ou para determinadas atividades
profissionais. Durante o desenvolvimento deste artigo, foram encontrados
mouses que trabalham com 1600 DPI, 2400 DPI e 3200 DPI (podem haver mouses
com resolução ainda maior). Como valores muito altos também
podem atrapalhar determinadas atividades, há até mouses
com drivers que permitem ao usuário diminuir sua taxa de resolução.
Alguns fabricantes indicam a resolução de seus mouses através
de CPI (
Counts Per Inch - contagens por polegada) por considerar
essa a medida ideal para esse tipo de dispositivo. Naturalmente, esse
fato gera confusão entre os usuários, já que não
se sabe, por exemplo, se um mouse com 800 CPI corresponde a um mouse de
800 DPI. Para efeitos comparativos, a aceitação que se tem
é a de que 1 CPI é equivalente a 2 DPI. Assim, um mouse
com 800 CPI pode ter sua resolução interpretada como se
fosse de 1600 DPI.
Mousepad
Há quem considere o mousepad um companheiro inseparável
dos mouses. Trata-se de uma pequena superfície - geralmente feita
de material plástico, de borracha ou de tecido - que serve como
base para o mouse, de forma a otimizar sua utilização. Nos
mouses com esfera, por exemplo, o mousepad adequado pode fazer com que
a bola gire mais facilmente, sem dar "pulos" ou travamentos
curtos. Nos mouses ópticos, o mousepad pode fazer com que o sensor
capture os movimentos de forma mais fiel.
Por serem feitos de material barato, os mousepads costumam ser distribuídos
como brindes e, quando comercializados, são vendidos a preços
muito baixos. No entanto, vale a pena gastar um pouco mais e comprar mousepads
com características ergonômicas. A maioria conta com pequenas
almofadas que servem de apoio para os pulsos, fazendo com que o usuário
posicione corretamente as mãos sobre o mouse, diminuindo sensivelmente
o risco de lesões por esforço repetitivo ou por posicionamento
inadequado.
Mousepad com apoio para o pulso; imagem por Clone
Outros dispositivos
Os mouses são os dispositivos mais utilizados para orientar o
cursor na tela do computador, mas não são os únicos:
há dispositivos que têm a mesma função, mas
que não são mouses. Vejamos alguns deles:
- Trackball: esse é um aparelho semelhante aos mouses de
"bolinha". No entanto, ao contrário deste último,
o usuário não move o dispositivo. Para orientar o cursor
na tela do computador, o usuário deve movimentar com os dedos uma
esfera localizada na parte superior do trackball. Como esse dispositivo
exige menos movimentação por parte do usuário, é
indicado para quem tem ou para deseja prevenir lesões por esforço
repetitivo. Usuários acostumados com mouses geralmente necessitam
de um tempo de adaptação para utilizar bem os trackballs;
Trackball Marble; imagem por Logitech
- Touchpad: o touchpad é um dispositivo extremamente comum
em notebooks e em outros dispositivos portáteis. Trata-se de uma
pequena superfície sensível ao toque. Ao passar o dedo sobre
essa área, o usuário acaba fazendo com que o cursor seja
movimentado de maneira correspondente na tela do computador. Os touchpads
geralmente são acompanhados de teclas que fazem as vezes dos botões
esquerdo e direito dos mouses. No entanto, na maioria dos modelos, é
possível simular esses botões através de seqüências
de toques rápidos no dispositivo. Também é comum
encontrar touchpads com uma área que funciona como o botão
scroll do mouse. Neste caso, basta mover o dedo para cima ou para baixo
sobre essa área para utilizar os recursos de rolagem de tela oferecidos
pelo sistema operacional;
Touchpad - Repare no recurso de rolagem de tela
- Pointing Stick: pointing stick (ou
TrackPoint) é
uma espécie de botão de tamanho reduzido que fica localizado
entre as teclas dos laptops onde é encontrado. Esse botão
combina ligeira flexibilidade e sensibilidade para identificar os movimentos
que o usuário lhe aplica com o dedo para guiar o cursor na tela
do computador. Esse dispositivo é encontrado apenas em alguns poucos
modelos denotebooks;
Pointing stick
- Tablets: também conhecido como
mesa digitalizadora,
o tablet é um dispositivo com uma área plana que permite
ao usuário fazer desenhos no computador. Para isso, o usuário
utiliza um objeto semelhante a uma caneta chamado
stylus para desenhar
sobre a área plana da mesa digitalizadora. Sensores capturam o
movimento da stylus e enviam ao computador orientações para
que este reproduza o desenho na tela. Na maioria dos modelos, o usuário
também pode usar a stylus como um substituto do mouse. Para quando
isso for necessário, alguns tablets são acompanhados de
mouses que funcionam especificamente sobre sua área plana;
Tablet, imagem por Wacom
- Mouses biométricos: esse tipo de mouse é incomum
no mercado, mas possui uma função bastante interessante:
a de identificar usuários através de recursos biométricos,
mais precisamente, através de impressão digital, embora
outros esquemas de identificação biométrica possam
ser usados. Combinando essa funcionalidade com softwares que acompanham
o mouse, é possível permitir acesso ao sistema ou a determinados
recursos do computador somente a usuários autorizados, sem necessidade
de senha, bastando ao usuário posicionar o seu dedo (geralmente,
o indicador) sobre uma área do mouse que lê impressões
digitais;
Mouse com leitor de impressão digital, imagem por APC
- Mini-mouses: como o próprio nome indica, os mini-mouses
são mouses de tamanho reduzido. Em geral, eles são pouco
confortáveis e seu uso constante não é recomendado.
No entanto, esses dispositivos são indicados como "quebra-galho"
para quem utiliza notebook e perde muito tempo utilizando o touchpad.
O tamanho reduzido serve justamente para facilitar o transporte, fazendo
inclusive com que não seja difícil arranjar um espaço
na maleta ou na bolsa em que o notebook é guardado.
Finalizando
Para a maioria esmagadora dos usuários, utilizar um computador
sem mouse é uma tarefa difícil e, para alguns, impossível.
Nada mais natural, já que a maior parte dos aplicativos desenvolvimentos
atualmente são melhor aproveitados com o uso do mouse. Por ser
um item tão utilizado, é importante dedicar algum tempo
para escolher um mouse adequado às suas necessidades. Dê
preferência aos modelos de fabricantes conceituados, mesmo que você
tenha que pagar um pouco mais por isso. Se possível, faça
um teste com o mouse antes de comprá-lo: verifique se ele se encaixa
bem em suas mãos, se o botão de rolagem é confortável,
se a movimentação do cursor é feita da maneira esperada,
se o cabo é resistente e tem tamanho adequado, se os botões
"clicam" de maneira satisfatória, enfim. Analise também
os recursos opcionais, como os botões extras ou softwares que acompanham
o produto. No caso de mouses sem fio, verifique também características
como distância máxima suportada, existência de suporte
ao seu sistema operacional e duração das pilhas/bateria.
Caso queira mais detalhes sobre mouses, visite as páginas que
serviram de referência para este artigo:
-
en.wikipedia.org/wiki/Mouse_(computing);
-
sloan.stanford.edu/MouseSite/;
-
web.mit.edu/invent/www/ima/engelbart_draw1.html
-
www.elmundo.es/su-ordenador/SORnumeros/98/SOR151/SOR151raton.html
-
www.oldmouse.com/mouse/
Escrito por Emerson Alecrim - Publicado em 21_04_2008 - Atualizado em 21_04_2008